quarta-feira, maio 8, 2024
DESTAQUES

PARAIBANO: ALUNOS REGISTRAM PROBLEMAS AMBIENTAIS NA CIDADE.

Alunos do 8º ano da Escola Municipal Dr. Adonias Lacerda (anexo) participaram do “Projeto Salve As Nascentes de Paraibano”, da Secretaria Municipal de Meio ambiente e Turismo em parceria com demais secretarias.

Os alunos fizeram uma aula de campo, visitando e registrando tudo o que viram e que ameaça o meio ambiente em Paraibano. A visita técnica começou pela Vila Guilhermino Brito, nascente do Quandús na vila Maurício e BR 135 entrada da cidade onde pessoas estão jogando lixo.

De posse de seus celulares, cadernos e pranchetas alunos, coordenado pela professora Jacimaira, anotavam, fotografavam e filmavam os locais degradados.

Fui a convite da secretária de meio ambiente Claudene Campos, devido a um trabalho que faço na mídia e eventos ecológicos, denunciando a situação das nascentes de Paraibano há oito anos. Em 2010 visitei a nascente responsável pela água que abastece as lagoas próximas a cidade de Paraibano.
Naquele ano eu e meu irmão Lolinha tiramos um final de semana para seguir o curso da água que nasce no bairro da Subestação, mas precisamente na Vila Guilhermino Brito e segue para a lagoa da Chapadinha, Latarano, Balseiro e desemboca rumo ao Marajá, Açude de Baixo e por aí vai….
Naquela ocasião fomos acompanhados pelo Sr. Raimundo do Fulgêncio, filho de um pescador e também um dos primeiros moradores daquele lugar onde tudo era mata, com várias nascentes, inclusive o antigo açude de cima (que foi soterrado para construção de um lixão e hoje sobre esse terreno está a vila Guilhermino Brito.
(em 2010 no final da Vila tinha um poço cavado e calçado que abastecia os moradores, hoje o poço está sendo entupido com lixo por algumas pessoas. Um senhora vizinha ao local pediu que a prefeitura recupere o poço, coloque uma bomba e disponibilize água). Com seu Raimundo do Fulgêncio seguimos as grotas por onde desce as águas da serra e fomos informados de mais quatro nascentes no trecho até chegar a principal nascente a dos Quandus (nome do proprietário da época em que a nascente foi descoberta) a matéria completa sobre essa aventura você encontra no link: http://paraibano-maranho-paraibanomanews.blogspot.com.br/…/…, que fiz um ano depois da visita ao local.

Todo ano visito o local para ver como está sendo cuidada a nascente e denuncio sempre que posso na tentativa de sensibilizar todos da importância desse bem para os paraibanenses.

Ontem 26 de abril 2018 estiveram participando do projeto o diretor de juventude Caio Martins, a secretária adjunta de meio ambiente Zelandia, com apoio da secretaria de Oras e Transportes que disponibilizou o ônibus, a secretaria de educação que envolveu os alunos e a Prefeitura de Paraibano.

Conforme disse a secretária municipal de meio ambiente Claudene Campos, as atividades desenvolvidas servem para que os alunos tenham mais conhecimentos sobre os impactos causados no solo e águas do município, tornando-os mais conscientes de seu papel como multiplicadores ambientais “Quanto mais cedo essa percepção, mais chances temos de um planeta melhor e os adolescentes e jovens alunos são essa força” destacou Claudene.

Oito anos depois da minha primeira visita à nascente Quandus, o que se viu foi o avanço do bairro Vila Maurício seguindo rumo à nascente, e o aumento da erosão… com isso o barranco ameaça soterrar a nascente, que tem peixes e segue o curso pela mata adentro.

Nesta quinta-feira (26) os alunos tiverem a oportunidade de conversaram também com um técnico de manutenção de poços da CAEMA, o P-11 na Subestação. O técnico explicou que o motivo da falta de água é a falta de manutenção dos poços e a corrosão nos parafusos da bombas, que as faz cair. O poço da Subestação o P !! tem meio km de profundidade e o trabalho para retirar canos e a bomba é um desafio para a CAEMA, mas conforme técnico está sendo resolvido.

Os alunos foram ainda até a serra na entrada da cidade onde muitos comerciantes (principalmente) jogam embalagens, restos de alimentos e animais mortos, etc. mesmo com a Placa de Proibido Jogar Lixo, eles ignoram o aviso e descartam os objetos deixando a margem da BR 135, com mal cheiro atraindo animais, muitos urubus levando perigo para motoristas. “Uma verdadeira falta de educação e de consciência de quem deveria ser o exemplo” criticou um aluno ao ver a cena na entrada da cidade.

Os alunos ficaram entusiasmado e anotaram os impactos ambientais nesses locais. Conforme disse a secretária de meio ambiente essa aula de campo faz parte do componente escolar e resultará em um trabalho educacional que os próprios alunos apresentarão no Dia Mundial do Meio Ambiente em 6 de Junho.

Para a secretária Claudene Campos “É preciso discutir a questão ambiental com mais urgência, pois dependemos dessa relação entre ser humano e natureza. Levar os alunos a perceber através de fatos reais essa situação e educar para na preservação é de suma importância” destacou Claudene.

Para ver mais fotos visite o facebokk da página Paraibanonews.

Claudene Campos, Zelandia, e Caio Marins com aluno. foto:Leo Lasan