sábado, maio 4, 2024
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Pesquisa mostra descaso de vereadores do Sul do Maranhão com o meio ambiente

A matéria do mestre em Filosofia Carlos Reis Ribeiro de Sousa, publicada no site Diário de Balsas, em 28 de Novembro do ano passado deveria ter chamado a atenção sobre o papel dos vereadores na maioria das cidades do Maranhão:  Os cuidados com  o meio ambiente. Mas o que se observou naquele município, segundo pesquisa mostrada na reportagem pelo professor, foi um total descaso com a situação, principalmente por que muitos dos problemas inormados na pesquisa deveriam ser resolvidos conforme a Lei Nacional de Resíduos Sólidos e demais Leis Ambientais.
A matéria faz referência a uma pesquisa realizada pelo acadêmico de Biologia do Instituto Federal do Maranhão/IFMA (Campus Mangabeiras), Claude Brito, orientado pelo próprio professor  e financiado pelo PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), realizada no período de março a novembro de 2014. A pesquisa mostra o descaso de vereadores do Sul do Maranhão em relação às questões ambientais. O objetivo da pesquisa era verificar os projetos e iniciativas dos parlamentares em defesa do meio ambiente na região, no período de 2009 a 2012. A pesquisa trabalhou com alguns municípios das Bacias do Parnaíba e Tocantins. São eles: Sambaíba, São Raimundo das Mangabeiras, Fortaleza dos Nogueiras, Balsas e Carolina. Os quatro primeiros citados vivem uma intensa devastação ambiental devido ao predomínio da monocultura da soja.
Desmatamento
O município de Balsas, segundo dados do IBGE 2012, teve uma área desmatada correspondente a 136.381 hectares; Carolina 29.370 hectares; Fortaleza dos Nogueiras 25.542 hectares; São Raimundo das Mangabeiras 14.700 hectares; Sambaíba 44.656 hectares.
As motivações iniciais da pesquisa foram os problemas diversos da região tais como desmatamento em alta escala, lixões, rios em decadência e falta de educação da população em relação à separação e depósito do lixo.

Para o acadêmico pesquisador o que chamou a atenção “foi à falta de iniciativa dos legisladores nos anos pesquisados em relação à defesa ambiental; por um período de quatro anos nada se fez em defesa do meio ambiente”, diz Claude Brito. Segundo ele houve sérias dificuldades para obtenção de informação na maioria dos municípios citados. O único município que respondeu ao ofício de solicitação no prazo pedido foi Carolina. Já Câmara Municipal de São Raimundo das Mangabeiras, segundo o acadêmico,  nem se quer deu  satisfação em relação às informações solicitadas. As demais responderam as solicitações, porém não apresentaram nenhum resultado.
Câmara Municipal de Balsas
Dos cinco municípios pesquisados Balsas foi o único a apresentar iniciativas. Contudo, para o acadêmico de Biologia foram iniciativas muito pequenas para a dimensão dos problemas da região. No período de 2009 a 2012 os vereadores de Balsas apresentaram 36 indicações relacionadas ao meio ambiente. Porém, não se tem conhecimento se as mesmas foram efetivadas. Os parlamentares balsenses apresentaram ainda no período mencionado 03 projetos de lei: projeto de lei 018/11 (adote uma praça); projeto de lei 010/12 (proibição de queimadas em áreas urbanas); projeto de lei 016/12 (regras para a destinação de pneus inservíveis no município de Balsas). Da mesma forma não foi informado ao pesquisador se os projetos foram aprovados.
Desafios
A pesquisa dá ao cidadão uma referência para julgar o traAcesse o Blog Música, Arte, Literatura e Cidadaniabalho dos parlamentares da sua região. Evidentemente o pesquisador não quis generalizar o descaso para toda a região, porém foi indubitável que houve um desinteresse dos políticos em relação à defesa das causa ambientais na região Sul do Maranhão, uma vez que a situação é muito crítica e em 05 municípios não se constatou iniciativas relevantes. O desafio agora é saber se a população está preocupada com a defesa do meio ambiente da sua região ou se encontra da mesma forma que  seus representantes.

Balsas tem 17 vereadores e elegeu em dezembro o novo presidente da Câmara, o vereador Tião Saraiva para o biênio 2015 a 2016. Os parlamentares devem retornar aos trabalhos no dia 1º de Fevereiro e essa é  uma ótima oportunidade de colocar em pauta a situação do meio ambiente para a reunião.

Fonte:Diário de Balsas com edição de Léo Lasan

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