IGREJA CATÓLICA ABRE CAMPANHA DA FRATERNIDADE COM O TEMA SOBRE BIOMAS BRASILEIROS.

A Igreja Católica há algum tempo, tem sido uma espécie de porta voz religiosa a respeito da questão ecológica. A maioria das Campanhas da Fraternidade alerta o ser humano sobre a preservação do meio ambiente.
O Brasil que já tem mais de 200 milhões de brasileiros, sendo mais de 160 milhões vivendo em cidades gera sérias preocupações. O impacto dessa concentração populacional sobre o meio ambiente produz problemas que põem em risco as riquezas dos biomas brasileiros.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou na manhã desta quarta-feira (1º), em Brasília, a Campanha da Fraternidade deste ano com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”. Em carta enviada ao país, o Papa Francisco ressaltou a beleza do Brasil, mas disse que a degradação da natureza ameaça a diversidade de biomas.
Com o lema “Cultivar e guardar a criação”, a Igreja quer chamar a atenção para a diversidade de cada bioma e a necessidade do respeito à vida e à cultura das pessoas que vivem neles.
“O criador foi pródigo com o Brasil. Concedeu-lhe uma diversidade de biomas que lhe confere extraordinária beleza. Mas, infelizmente, os sinais da agressão à criação e da degradação da natureza também estão presentes”, afirmou o Papa, por meio de carta.
Em Paraibano o padre Iran Brito convocou fiéis para uma caminhada saindo da Rodoviária (Av. 1º de Maio) até a Matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Durante o trajeto foram feitas paradas onde autoridades fizeram mensagens. A secretária adjunta da secretaria Municipal de Meio Ambiente, Zelândia Sá leu mensagem explicando o que é bioma, disse que a Prefeitura e as secretarias municipais estão integradas com a gestão política ambiental e que a administração municipal em nome do prefeito Zé Hélio está disponível a colaborar com a Campanha da Fraternidade.
Padre Iran Brito falou do objetivo da Campanha da Fraternidade, rezou durante o percurso, e realizou missa ao final.
Criada em 1962, a Campanha da Fraternidade é lançada todo ano na quarta-feira de cinzas, quando tem início a Quaresma, período de 40 dias no qual a Igreja Católica convida os fiéis a praticar a oração, o jejum e a esmola. A ação vai até o domingo de Ramos, no dia 9 de abril.
Biomas são conjuntos de ecossistemas com características semelhantes dispostos em uma mesma região e que historicamente foram influenciados pelos mesmos processos de formação. No Brasil temos 06 biomas: a Mata Atlântica, a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal, a Caatinga e o Pampa. Nesses biomas vivem pessoas, povos, resultantes da imensa miscigenação brasileira.
Os biomas brasileiros sofrem interferências negativas desde a chegada dos primeiros colonizadores ao Brasil, logo após Pero Vaz de Caminha ter escrito para o rei de Portugal afirmando que as “águas são muitas, infinitas. Em tal maneira graciosa (a terra) que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem”.
Durante a caminhada em Paraibano, houve a participação de católicos, secretários municipais, primeira dama Dilma Lima, vereadores, etc.
REGIÃO
O Bioma da região do médio sertão está sendo devastado por madeireiros e o agronegócio, principalmente da soja. Nos últimos anos a mudança climática na região tem diminuído as chuvas e o calor aumentou. Muitos hectares de florestas forma derrubadas na região do Sítio do Meio (povoado entre Paraibano, Sucupira do Norte e Mirador) transformando o cenário. Fauna e flora estão rareando e o comércio ilegal de madeira retirado desse bioma é visto em caminhões, principalmente a luz do dia. Fiscalização não existe e o IBAMA raramente vem por essa terra distante do litoral.
Frutas como pequí, bacuri, buriti entre outras já não são vistas com fartura e a caça predatória tem diminuído a fauna típica do cerrado.
A Campanha da Fraternidade vem em boa hora para que o povo repense sobre o planeta e recupere a natureza.
Afinal um dos objetivos da Campanha da Fraternidade 2017 é uma reflexão sobre o significado dos desafios apresentados pela situação atual dos biomas e dos povos que neles vivem. A Campanha deve abordar as principais iniciativas já existentes para a manutenção da riqueza natural básica e apontaremos propostas sobre o que pode e deve ser feito em respeito à criação que Deus nos deu para cultivá-la e guardá-la.
Fotos:Leo Lasan